Ou os homens que “decididamente”, não amam as mulheres
A Frente Popular é machista! A afirmação que a princípio causa estranheza, quando analisada através da lupa da história adquire contornos mais nítidos.
Basta ver o processo de “neutralização” que sofreram as estrelas femininas da coligação ao longo dos anos.
Marina Silva, precisou sair do PT para ter um espaço que só o nome e a trajetória já garantiriam sem discussão.
À Naluh Gouveia só era permitido ser a eterna deputada estadual. Quando tentou disputar a indicação para tentar a prefeitura da capital, foi massacrada pelo mesmo grupo que ora descartou Perpétua Almeida.
Francisca Marinheiro, possívelmente a mais partidária das quatro, trocou a vida pública pelo trabalho de base religiosa.
Em todos esses anos o PT só teve uma vice: Regina Lino que era do PSDB.
O papel secundário designado às mulheres e o conservadorismo de uma coligação que se diz progressista fica ainda mais evidente quando se anuncia uma noiva para o candidato à prefeito.
Uma a uma todas as políticas (mulheres), da Frente Popular, foram sendo colocadas no “devido lugar”, em nome de uma unidade, que tem nome e sobrenome, e que apesar de escandalizar os raciocínios se veste de cordeiro para anunciar com olhar líquido que a Frente marcha unida, sem acrescentar que um pouco mais nua a cada passo e em direção ao abismo.
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