sábado, 3 de março de 2012

PT/ PMDB: irmãos siameses


 Caciquismo e falta de democracia


Os episódios que marcaram a sexta-feira (02), não deixam margem para dúvidas. As práticas políticas dos dois maiores partidos do Brasil são exatamente as mesmas.

Sequestradas por interesses as siglas partidárias não passam de extensões das vontades dos donos.
O PMDB, velho baluarte da democracia nos anos de chumbo da ditadura militar há muito trocou a luta pelas liberdades pela prática da acomodação e lucro. O PT, de berço menos nobre, segundo a história oculta, que aponta o envolvimento do general Newton Cruz em sua idealização, cumpre sua função pré-determinada. 

Com a necessidade de abertura democrática e o temor dos militares de uma guinada à esquerda sob a liderança de Leonel Brizola, fazia-se mister criar uma força política que não oferecesse riscos à governança mundial. Pinçar uma liderança carismática entre os trabalhadores 

 e impedir que a força simbólica do PTB de Jango, deposto pelo golpe dos militares, caísse nas mãos de Brizola, viraram prioridade para os generais. A cooptação da sobrinha de Getúlio Vargas, Ivete Vargas, para assumir o PTB reivindicado pelo grande expoente vivo   Brizola, foram o golpe de mestre do ex-chefe do SNI (Serviço Nacional de Inteligência), general Newton Cruz.


 Dessa forma, os militares permitiram a "abertura" que lhes foi conveniente: garantindo a manutenção da expoliação internacional. As privatizações em curso não deixam margem para dúvidas, assim como os cortes de verbas para setores estratégicos como saúde e educação em cumprimento de determinações do FMI/ Banco Mundial de "honrar a dívida". 
Enquanto para pagamento de dívidas o governo faz Superávit Primário, o povo vive um eterno "Déficit Primário".

Pois esses dois partidos, aliados nacionalmente e opositores em âmbito local,  mostraram também aqui suas semelhanças. No mesmo dia e praticamente na mesma hora, PT e PMDB optaram por seguir aos mestres, em detrimento da democracia interna impondo respectivamente os recém chegados Marcus Alexandre e Fernando Melo.
Em ambos os casos, a farsa de uma discussão que apenas referendou a vontade dos donos, acima de tudo. Vitória de Pirro, caros! Apesar da estrábica visão política do comandante-em-chefe do PT, partido dono da FPA e da prática imperativa do proprietário do PMDB, mostrarem um desenho em preto-e-branco da frágil democracia brasileira, o povo enxerga cores. E cada vez mais as persegue
.O tempo dirá. 

               

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